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Comboios de Portugal (CP)

Moderador: pacheco


Nota 20 May 2021 11:53

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Maniobras eléctricas en Valença:

Lejos de la perfección se avanza al caminar, cuando se tiene ilusión. :)

Nota 16 Jul 2021 12:02

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Nota 23 Jul 2021 23:03

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https://www.publico.pt/2021/07/23/econo ... cp-1971348

" CP deverá ir brevemente comprar mais quatro carruagens ARCO que estão estacionadas na estação de Málaga."


Carruagens rejeitadas por Espanha já estão prontas para resolver problemas na CP
PÚBLICO
23 de Julho de 2021, 6:38
CARLOS CIPRIANO (texto) e PAULO PIMENTA (fotografia)

Carruagens Arco foram compradas por 30 mil euros e beneficiaram de um investimento de 156 mil euros. Novas, custariam, pelo menos, um milhão de euros.

Foi em 1 de Julho de 2020 que chegaram a Portugal, em dois comboios especiais, as 50 carruagens espanholas que a CP comprou à Renfe por 1,5 milhões de euros. Um ano depois, as três primeiras estão praticamente prontas para entrar em serviço comercial e são o pretexto para mais uma visita a Guifões do primeiro-ministro António Costa e do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

Após décadas de desinvestimento na ferrovia, qualquer iniciativa que ajude a carrilar o sector é motivo de festa. Mas desta vez, para além da apresentação dos três veículos, aptos a circular a 200 km/hora, há contas que parecem encher de orgulho a CP e o ministro da tutela.

Cada carruagem custou, em média, 30 mil euros. Os operários e engenheiros de Guifões fizeram-lhes uma intervenção que consistiu em “descascá-las até ao osso”, uma expressão que significa que apenas ficou a estrutura (a caixa metálica), os rodados e alguns equipamentos. Foram também retiradas as placas de amianto, as quais tinham servido de desculpa à Renfe para encostar estas carruagens.

A reconstrução passou por montar assentos novos, casas de banho, ar condicionado, iluminação e um serviço de informação ao cliente que foi desenvolvido pela CP. Em cada carruagem gastou-se cerca de 156 mil euros.

Segundo fonte oficial da CP, se fossem compradas novas, carruagens com este nível de conforto poderiam custar entre 1,5 a 2,5 milhões de euros, tendo em conta comparações recentes no mercado europeu deste material. A empresa prefere ser modesta e diz que o custo de um veículo equivalente seria de um milhão de euros.

Acresce ainda o factor tempo, pois uma carruagem nova demoraria cinco anos a ser entregue pelo fabricante (contando desde a fase do concurso público), enquanto as recuperações em curso conseguem injectar material na operação comercial em poucos meses.

É isto que os governantes irão relevar esta sexta-feira em Guifões – que a compra das carruagens a Espanha foi um bom negócio. Sendo certo que também para a Renfe lhe valeu a pena vender barato à CP carruagens que, apenas quatro meses antes, ainda estavam em serviço comercial a fazer comboios de longo curso entre a Galiza e o País Basco. A última viagem tinha sido em 29 de Março de 2020.

A empresa homóloga da CP não sabia o que fazer com tanta carruagem encostada, nem com os custos reputacionais que lhe custaria qualquer das duas soluções: deixá-las degradarem-se lentamente ou demoli-las e mandá-las para a sucata. Portugal resolveu-lhes o problema. E gostou tanto que a CP deverá ir brevemente comprar mais quatro carruagens ARCO que estão estacionadas na estação de Málaga.

Espaços para bicicletas

Das três primeiras carruagens recuperadas, há uma que tem um bar com máquinas de vending e um amplo espaço para bicicletas. A CP pretende replicar esta valência em todas as modernizações de material circulante, tendo em conta a crescente procura de clientes adeptos da mobilidade sustentável. Na linha do Minho, a empresa tem percepcionado que há cada vez mais cicloturistas a fazer o caminho de Santiago ou a utilizar percursos cicláveis da região, fazendo-se muitas vezes deslocar de comboio.

Mas só em finais de Setembro as primeiras Arco receberão passageiros. Nos próximos dias, estas carruagens irão fazer ensaios de linha. Significa que vão ser verificadas as distâncias de frenagem, o funcionamento das portas, dos WC, da cablagem, das rodas, dos rolamentos, bem como os ruídos, a fim de identificar erros a corrigir. Depois será preciso obter a sua homologação, que será feita na Agência Ferroviária Europeia, em Valenciennes (França).

A boa notícia é que, uma vez obtida a certificação para as primeiras carruagens, esta é válida para todas, pelo que, até Dezembro, a CP conta ter as primeiras nove Arco a circular, seguindo-se uma média de duas por mês a entrar no serviço comercial.

A linha do Minho vai ser a primeira a recebê-las nos serviços inter-regionais entre Valença e Porto e entre Valença e Figueira da Foz. Seguem-se as linhas da Beira Alta e Beira Baixa e, à medida que mais carruagens forem recuperadas, a CP espera introduzi-las também nos Intercidades da linha do Norte, até porque o seu grau de conforto é idêntico, ou até superior, aos das carruagens actuais.

Com estes 50 veículos e com as nove carruagens Schindler e seis Sorefame entretanto recuperadas, e somando a dez Schindler que estão em processo de modernização e mais as quatro espanholas que virão de Málaga, a CP espera aumentar o seu parque de carruagens de 102 (em 2019) para 181. Um aumento de 75% que, só por si, justifica a abertura das oficinas de Guifões.

José Carlos Barbosa, director de Manutenção e Engenharia da região Norte da CP, sublinha que os 150 mil euros investidos em cada carruagem espanhola têm uma elevadíssima componente de incorporação nacional, desde logo na mão-de-obra, mas também nos bancos, cortinas, estofos, pinturas, conversores electrónicos e componentes mecânicos.

“Isto é economia circular. Recuperamos activos que, em vez de irem para a sucata, têm nova utilização. E ao mesmo tempo criamos oportunidades para muitas empresas portuguesas ganharem know how para a produção de componentes para comboios. Como temos o objectivo de construir o comboio português, este é o caminho”, diz, em declarações ao PÚBLICO.

Sorefame vão ser reserva estratégica

A compra das 50 carruagens veio alterar os planos da CP na recuperação de material circulante. A empresa previa recolocar nos carris mais 40 carruagens Sorefame (assim designadas por terem sido construídas na fábrica da Amadora entre 1961 e 1975). Mas as espanholas levaram a dianteira, até porque 36 delas estão aptas para 200 km/h e 14 para 160 km/h, ao passo que as portuguesas não podem andar a mais do que 140 km/h e exigiam maior volume de investimento para lhes aumentar a velocidade.

Ainda assim, está fora de questão demoli-las. A administração da CP quer interromper práticas do passado na gestão do material circulante e prefere guardá-las como reserva estratégica e para projectos futuros se houver expansão da rede ferroviária e novos serviços. Para já, vão ser parqueadas e guardadas na Figueira da Foz e no Entroncamento.

Escola ferroviária arranca em Outubro

Do programa desta sexta-feira faz parte também a visita ao local (também no complexo de Guifões) do futuro centro de competências ferroviário, um investimento de cinco milhões de euros (entre obras e aquisição de equipamentos) destinado a dotar o país com conhecimento técnico necessário ao sector e que se estava a perder nas últimas décadas. Não por acaso, para reactivar Guifões, a administração da CP teve que ir buscar alguns engenheiros que se tinham reformado ou que tinham saído da EMEF para ir trabalhar noutros sítios.

Este centro vai arrancar como escola ferroviária, com cursos de formação profissional, mas pretende também envolver a Academia facilitando a investigação no âmbito de projectos de mestrado e doutoramento. É também neste mesmo ecossistema que a CP e os seus parceiros neste projecto (Infraestruturas de Portugal, metros de Lisboa e Porto, IAPMEI, Universidade do Porto e Câmara de Matosinhos) esperam atrair start ups ligadas à ferrovia e que aqui poderão amadurecer os seus projectos.

Para já, e mesmo sem instalações prontas, o primeiro curso de Técnico de Manutenção e Operação Ferroviária deverá arrancar já em Outubro em instalações provisórias do IEFP. Numa iniciativa inédita, os manuais estão a ser elaborados pela CP, IP e metros de Lisboa e Porto.
Adjuntos
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Pedro Rodrigues


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Carruagens espanholas foram recuperadas com 95% de incorporação naciona

https://www.publico.pt/2021/07/23/econo ... al-1971561

PÚBLICO
23 de Julho de 2021
CARLOS CIPRIANO

António Costa diz que a CP é uma verdadeira locomotiva da reindustrialização do país. Primeiro-ministro exorta a que as empresas que produzem componentes para o automóvel o façam também para a ferrovia.

O cenário em que o primeiro-ministro discursou esta sexta-feira no complexo ferroviário de Guifões não podia ser mais contrastante: de um lado, um conjunto de carruagens com aspecto deplorável a justificarem realmente o epíteto de sucata; atrás dele três carruagens que pareciam novinhas em folha, com a pintura a reluzir e que a comitiva acabara de visitar.

O objectivo era mesmo mostrar o “milagre de Guifões” – uma oficina reaberta em Janeiro de 2020, que já recuperou dezenas de veículos que estavam encostados e circulam agora nos carris portugueses. Hoje foi o dia em que se apresentaram as primeiras três das 50 carruagens compradas a Espanha por 30 mil euros cada e que, após uma transformação que custou 156 mil euros, estão como novas.

Nem o presidente da CP, nem o ministro das Infraestruturas, nem o primeiro-ministro, resistiram a destacar quanto custaria cada um destes veículos se fosse comprado novo: mais de um milhão de euros.

António Costa sublinhou que “em cada uma destas carruagens há 95% de incorporação nacional, ou seja, 95% do que transformou aquilo que os espanhóis consideraram sucata nestas novas carruagens, foi produzido em Portugal”.

Essa incorporação lusa foi proveniente de cerca de 50 empresas portuguesas que forneceram componentes para as carruagens, desde os tecidos, cortinas e assentos, até peças mais complexas de mecânica e electrónica. Por isso, o governante concluiu que “a CP não reanimou só as suas oficinas, a CP tornou-se uma verdadeira locomotiva de um importante sector económico do país”.

E sublinhou que isto é o que se chama “reindustrializar o país”, destacando que algumas das 50 empresas produzem componentes para a indústria automóvel e que devem agora preparar-se para produzir cada vez mais para a indústria ferroviária, até porque os novos tempos apontam para enormes investimentos, ao nível europeu, nos caminhos-de-ferro.

O líder do executivo recordou que os comboios, ao contrário dos carros, não estão à venda em stands e, por isso, “não basta querer comprar e ter o dinheiro para comprar”. A prometida aquisição de 117 novos comboios, que disse ser “a maior encomenda de material circulante que alguma vez a CP fez”, não vai ter efeitos práticos antes de 2026 devido aos processos concursais e ao tempo de fabrico. Por isso, as 50 carruagens espanholas que agora estão a ser recuperadas, vão ajudar a colmatar a falta de material circulante até chegar o novo material.

Quanto ao projecto de um dia se produzir em Guifões um comboio português, António Costa foi desta vez mais moderado: “não podemos perder a esperança de termos a capacidade de voltarmos, nós próprios, a produzir as nossas composições. Vamos conseguir? Não sabemos, mas a nossa obrigação é tentar e fazer tudo para que seja possível”.

“Se aprendermos a fazer comboios, forneceremos não só o país, o que seria importante porque pouparia muito material importado, mas quem sabe se não podemos também começar a exportar para outros países”, reforçou, frisando que Portugal tem de produzir bens de maior valor acrescentando para conseguir maior competitividade.

O exemplo da válvula hidráulica

Um exemplo dos bons resultados na aposta na indústria portuguesa foi dado ao PÚBLICO pelo director da Manutenção e Engenharia da região Norte da CP, José Carlos Barbosa: “uma válvula hidráulica de um grupo de pendulação do Alfa Pendular custava à CP 10 mil euros, mas nós conseguimos comprar essa peça no mercado nacional por 500 euros”.

Em causa está uma mudança de paradigma: antes a gestão de contratos da EMEF implicava a compra, quase automática, daquelas peças a uma multinacional da indústria ferroviária e agora procurou-se, com êxito, que uma metalomecânica portuguesa as fabricasse. “Poupámos 600 mil euros ao país porque comprámos por 50 mil euros aquilo que antes custava 650 mil. E temos dezenas de exemplos como este”.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, entusiasta confesso da ferrovia, deixou para o primeiro-ministro a apresentação dos números e fez um discurso mais político, queixando-se da onda de “negatividade” que varre o país e das notícias que “só identificam problemas” e que omitem a sua resolução. “Temos que ser capazes de ter a ousadia de dizer que alguma coisa está a ser bem feita”, afirmou, referindo-se, naturalmente, à ferrovia e às oportunidades que representa o investimento que a Europa está a fazer neste sector.

O governante disse que “temos mais energia a dormir do que muitos acordados”.

O presidente da CP, Nuno Freitas, fez um balanço positivo da área industrial da CP onde já se recuperaram 14 locomotivas, sete automotoras, 18 carruagens de via larga e seis carruagens de via estreita, que totalizam 67 veículos individuais repostos ao serviço. “Falamos de material que se estima em mais de 120 milhões de euros se adquirido novo e que foi reparado por menos de 10% desse valor”, disse.

Nuno Freitas, deixou, porém um recado ao Governo: “temos que concretizar o saneamento da dívida histórica da CP, que era um pressuposto da assinatura do Contrato de Serviço Público [ainda não cumprido] e temos que tirar a CP do perímetro orçamental do Estado”. Reivindicações que o gestor considera essenciais para que a gestão seja eficiente e para que a empresa possa concorrer num mercado liberalizado.
com Lusa
Pedro Rodrigues

Nota 24 Jul 2021 17:47

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CP poupa 110 milhões com recuperação de comboios
https://www.dinheirovivo.pt/empresas/cp ... 68633.html
DINHEIRO VIVO
24 Julho, 2021
DIOGO FERREIRA NUNES

Em ano e meio, foram recuperadas 67 unidades com 95% de incorporação nacional. Primeiras carruagens Arco, compradas a Espanha, começam a circular em setembro.

A CP já poupou 110 milhões de euros com a recuperação de comboios que estiveram encostados durante quase duas décadas. Em ano e meio, a transportadora ferroviária já deu nova vida a um total de 67 unidades, motivo de reconhecimento para o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas, que visitaram na sexta-feira a oficina de Guifões, Matosinhos, a propósito da inauguração das três primeiras carruagens Arco.

As carruagens pertencem ao lote de 50 unidades que a CP comprou no ano passado por 1,5 milhões de euros à congénere espanhola Renfe. As primeiras três composições vão começar a circular no final de setembro na linha do Minho, no serviço interregional Porto-Valença e entre Valença e Figueira da Foz.

Além disso, a empresa já recuperou 14 locomotivas, sete automotoras (seis das quais com quatro unidades), 18 carruagens de via larga e outras seis de via estreita.

Os trabalhos custaram pouco mais de 10 milhões de euros e permitiram 95% de incorporação nacional. Empresas portuguesas fabricaram bancos, cortinas, estofos, pinturas, conversores eletrónicos e componentes mecânicos. Ou seja, segundo António Costa, "95% do que transformou aquilo que os espanhóis consideraram sucata nestas novas carruagens foi produzido em Portugal".

As oficinas de Guifões, reabertas no início do ano passado, lideraram o processo de recuperação de material circulante, em conjunto com as instalações de Contumil, Entroncamento e Barreiro.

Se o material circulante tivesse sido comprado como novo, teria custado 120 milhões de euros e o país teria de aguardar pelo menos quatro ou cinco anos entre a encomenda e a entrada em circulação. Graças ao esforço, a CP "tornou-se numa verdadeira locomotiva de um importante setor económico do nosso país", acrescentou o primeiro-ministro.

A recuperação da capacidade oficinas da CP, graças à fusão com a EMEF, no final de 2019, também permite iniciar a devolução, a partir de setembro, de automotoras a diesel alugadas a Espanha. Anualmente, serão poupados 2,5 milhões de euros.

Além das carruagens Arco, a transportadora recuperou material circulante para a linha do Douro - carruagens Schindler e locomotivas diesel - , automotoras elétricas para o serviço suburbano de Sintra e Azambuja e ainda carruagens de via estreita para o comboio histórico do Vouga.
Presidente da CP, Nuno Freitas, durante a inauguração das oficinas de Guifões, em janeiro de 2020.

Apenas em 2026 começarão a chegar os primeiros dos 117 novos comboios que a CP irá encomendar para ampliar e renovar a frota no serviço urbano e regional. "Comprar um comboio novo não é como ir a um concessionário de automóveis", lembrou ontem o ministro Pedro Nuno Santos.

Parte dos comboios poderá ser construída a partir de Portugal, porque o concurso público internacional irá valorizar os candidatos que apostarem mais na incorporação nacional.

Novas carruagens

As primeiras composições compradas a Espanha foram ontem apresentadas oficialmente e não têm amianto, removido pela empresa pública ferroviária antes do início do processo de recuperação.

No interior, a CP incorporou o novo sistema de informação ao passageiro; além da indicação das paragens, o sistema pode fornecer dados como a temperatura externa, o tempo de viagem e a ocupação das casas de banho. Haverá ainda espaço para promover conteúdos publicitários da própria CP ou de outras empresas.

Das três carruagens já prontas, uma delas conta com uma máquina de venda de bebida e comida além de oito suportes para transporte de bicicletas, já a pensar nos viajantes dos Caminhos de Santiago.

Nas outras duas, saltam à vista as entradas USB em cada assento, para carregar telemóveis e outros dispositivos. A CP também garante que vai instalar um novo sistema de internet sem fios. As carruagens Arco terão velocidade máxima de 200 km/h.

Até ao final do ano, espera-se que pelo menos nove carruagens Arco sejam postas em circulação. A chegada aos carris estava inicialmente prevista para o primeiro trimestre deste ano, mas foi atrasada por questões burocráticas.

Desde novembro do ano passado que a homologação de novo material circulante é centralizada num único balcão europeu - ao abrigo das regras comunitárias - em vez de estar sob alçada das autoridades nacionais. A alteração implica que a empresa envie mais documentos para obter autorização.

No longo prazo, a CP necessita de reestruturar a dívida histórica, de 2,1 mil milhões de euros, e que impede a empresa de comprar material circulante com financiamento próprio.

Apenas com a empresa limpa de passivo, a transportadora poderá adquirir 12 automotoras para o serviço de longo curso e preparar-se para as viagens na nova linha que irá colocar Porto e Lisboa a uma hora e 15 minutos. O corte da dívida também permitirá à CP concorrer em igualdade com as novas empresas ferroviárias de capital privado.
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ESTELA SILVA/LUSA
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Pedro Rodrigues


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Taxa de carbono vai financiar compra de 117 comboios para a CP
DINHEIRO VIVO
27 Julho, 2021
DIOGO FERREIRA NUNES
https://www.dinheirovivo.pt/empresas/ta ... 78035.html

Opção para compra suplementar de mais 36 automotoras apenas poderá ser acionada em 2026, segundo a resolução do Conselho de Ministros que autoriza a maior compra de sempre de material circulante para a transportadora pública ferroviária.

A taxa de carbono aplicada sobre as viagens internacionais de avião e de cruzeiro vai financiar a compra de 117 novos comboios para a CP. Foi publicada esta terça-feira em Diário da República a resolução que autoriza a maior aquisição de sempre para a empresa pública ferroviária, no valor de 819 milhões de euros.

Segundo a resolução, pelo menos três quartos do financiamento para a compra de comboios serão provenientes de fundos europeus, o que corresponde a 617 milhões de euros.

A restante fatia do 'envelope' para esta aquisição será assegurada por verbas do Fundo Ambiental, "mediante receitas provenientes da taxa de carbono sobre as viagens aéreas, marítimas e fluviais", assim refere o documento.

Se for necessário, o Fundo Ambiental poderá pedir um empréstimo à Direção-Geral do Tesouro e Finanças para assegurar a comparticipação nacional e que será reembolsado com o dinheiro obtido pela taxa de carbono. Com o valor de dois euros, a taxa é cobrada desde 1 de julho deste ano.

Proposta pelo PAN, a taxa de carbono foi aprovada na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021. Financiar a ferrovia e as emissões de dióxido de carbono dos transportes coletivos são os principais objetivos da iniciativa.

A compra de 117 novos comboios para a CP foi aprovada em 15 de julho pelo Conselho de Ministros. As 117 novas unidades são automotoras elétricas e serão entregues entre 2026 e o final de 2029.

A maioria dos comboios (62) será utilizada nos serviços urbanos da CP: 34 unidades vão servir para a Linha de Cascais e substituir material com mais de 60 anos; 16 destinam-se aos serviços urbanos de Lisboa, nas linhas de Sintra, Azambuja e Sado; haverá ainda 12 automotoras para os serviços urbanos do Porto.

A CP também está autorizada a lançar o concurso para comprar 55 novos comboios regionais. Atualmente, este serviço baseia-se sobretudo nas mais de 50 unidades da série UTE 2240, com mais de 50 anos de serviço. A última modernização foi feita entre 2003 e 2005 e levou estes comboios a ficarem conhecidos, entre os ferroviários, como "Lili Caneças".

Nos serviços urbanos, "fica ainda em aberto a opção de se adquirir até mais 36 unidades: 24 para a Grande Lisboa e 12 para o Grande Porto". A opção apenas poderá ser acionada a partir de 2026, refere a resolução.

"Tendo ainda em conta o previsível crescimento continuado da procura durante a próxima década, bem como o objetivo de promover a transferência modal do transporte individual para o transporte coletivo, inclui -se a opção de aquisição de até 36 unidades automotoras elétricas adicionais para os serviços urbanos, a decidir atempadamente, em função das necessidades efetivamente verificadas, mediante autorização expressa das tutelas setorial e financeira para acionamento da opção, após 2026 e uma vez obtida a respetiva autorização de despesa, a qual será objeto de aditamento ao contrato a celebrar na sequência do processo concursal para aquisição das 117 unidades."
Reprogramação dos 22 regionais

Também foi publicada nesta terça-feira a resolução do Conselho de Ministros que autoriza a reprogramação das verbas para a compra de 22 automotoras para o serviço regional: 12 híbridas e 10 totalmente elétricas.

O concurso foi autorizado pelo Governo em setembro de 2018. Uma impugnação apresentada em 2019 e apenas levantada em setembro de 2020 atrasou o processo em quase um ano.

Com a reprogramação das verbas, é expectável que a encomenda dos comboios aos suíços da Stadler seja feita ainda em 2021, três anos depois da autorização do Governo.
Pedro Rodrigues

Nota 29 Jul 2021 12:50

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" CP deverá ir brevemente comprar mais quatro carruagens ARCO que estão estacionadas na estação de Málaga."


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23 de Julho de 2021, 6:38
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De que coches se trata? Algun colega malagueño lo sabra? Gracias por adelantado!
Pedro Rodrigues


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Taxa de carbono vai financiar compra de 117 comboios para a CP
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27 Julho, 2021
DIOGO FERREIRA NUNES
https://www.dinheirovivo.pt/empresas/ta ... 78035.html

Opção para compra suplementar de mais 36 automotoras apenas poderá ser acionada em 2026, segundo a resolução do Conselho de Ministros que autoriza a maior compra de sempre de material circulante para a transportadora pública ferroviária.

A taxa de carbono aplicada sobre as viagens internacionais de avião e de cruzeiro vai financiar a compra de 117 novos comboios para a CP. Foi publicada esta terça-feira em Diário da República a resolução que autoriza a maior aquisição de sempre para a empresa pública ferroviária, no valor de 819 milhões de euros.

Segundo a resolução, pelo menos três quartos do financiamento para a compra de comboios serão provenientes de fundos europeus, o que corresponde a 617 milhões de euros.

A restante fatia do 'envelope' para esta aquisição será assegurada por verbas do Fundo Ambiental, "mediante receitas provenientes da taxa de carbono sobre as viagens aéreas, marítimas e fluviais", assim refere o documento.

Se for necessário, o Fundo Ambiental poderá pedir um empréstimo à Direção-Geral do Tesouro e Finanças para assegurar a comparticipação nacional e que será reembolsado com o dinheiro obtido pela taxa de carbono. Com o valor de dois euros, a taxa é cobrada desde 1 de julho deste ano.

Proposta pelo PAN, a taxa de carbono foi aprovada na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021. Financiar a ferrovia e as emissões de dióxido de carbono dos transportes coletivos são os principais objetivos da iniciativa.

A compra de 117 novos comboios para a CP foi aprovada em 15 de julho pelo Conselho de Ministros. As 117 novas unidades são automotoras elétricas e serão entregues entre 2026 e o final de 2029.

A maioria dos comboios (62) será utilizada nos serviços urbanos da CP: 34 unidades vão servir para a Linha de Cascais e substituir material com mais de 60 anos; 16 destinam-se aos serviços urbanos de Lisboa, nas linhas de Sintra, Azambuja e Sado; haverá ainda 12 automotoras para os serviços urbanos do Porto.

A CP também está autorizada a lançar o concurso para comprar 55 novos comboios regionais. Atualmente, este serviço baseia-se sobretudo nas mais de 50 unidades da série UTE 2240, com mais de 50 anos de serviço. A última modernização foi feita entre 2003 e 2005 e levou estes comboios a ficarem conhecidos, entre os ferroviários, como "Lili Caneças".

Nos serviços urbanos, "fica ainda em aberto a opção de se adquirir até mais 36 unidades: 24 para a Grande Lisboa e 12 para o Grande Porto". A opção apenas poderá ser acionada a partir de 2026, refere a resolução.

"Tendo ainda em conta o previsível crescimento continuado da procura durante a próxima década, bem como o objetivo de promover a transferência modal do transporte individual para o transporte coletivo, inclui -se a opção de aquisição de até 36 unidades automotoras elétricas adicionais para os serviços urbanos, a decidir atempadamente, em função das necessidades efetivamente verificadas, mediante autorização expressa das tutelas setorial e financeira para acionamento da opção, após 2026 e uma vez obtida a respetiva autorização de despesa, a qual será objeto de aditamento ao contrato a celebrar na sequência do processo concursal para aquisição das 117 unidades."
Reprogramação dos 22 regionais

Também foi publicada nesta terça-feira a resolução do Conselho de Ministros que autoriza a reprogramação das verbas para a compra de 22 automotoras para o serviço regional: 12 híbridas e 10 totalmente elétricas.

O concurso foi autorizado pelo Governo em setembro de 2018. Uma impugnação apresentada em 2019 e apenas levantada em setembro de 2020 atrasou o processo em quase um ano.

Com a reprogramação das verbas, é expectável que a encomenda dos comboios aos suíços da Stadler seja feita ainda em 2021, três anos depois da autorização do Governo.


Buena política, ya podrían hacer lo mismo otros paises europeos :D

Saludos
Miembro del asociacion "BAF7301" amigos del ferrocarril.
http://bidasotarra7301.blogspot.com

http://www.youtube.com/user/luisma2494

Votos positivos:jmca,xiuxicom,FOBAHN,jorgemariap,molinilla6699,jcastillo...


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Podcast Sobre Carris
Entrevista a Pedro Nuno Santos: “Vamos conseguir tirar muita gente do automóvel e do autocarro para meter no comboio”
Carlos Cipriano, Diogo Ferreira Nunes e Ruben Martins
30 de Julho de 2021, 11:02

https://www.publico.pt/2021/07/30/econo ... io-1971996

Sentado numa das três carruagens Arco já renovadas, o ministro das Infra-estruturas e da Habitação deu uma entrevista ao podcast Sobre Carris onde apresentou a sua visão para o futuro da ferrovia em Portugal. Pedro Nuno Santos afirmou que a sua próxima “batalha” será a concretização do saneamento da dívida histórica da CP e defendeu que “está na altura da rodovia começar a financiar a ferrovia".

Episódio gravado a 23 de Julho de 2021 dentro da carruagem-bar das renovadas Arco. As carruagens estão a fazer a sua renovação no Parque Oficinal de Guifões da CP, no concelho de Matosinhos.


Nota: cerca del minuto 19:30, Pedro Nuno Santos habla de la interconexión Portugal-España (Linea del Algarve, Portugal-Madrid via Aveiro Salamanca, SudExpress y Lusitania con material CP+traccion no-Renfe en España).
Pedro Rodrigues

Nota 04 Ago 2021 20:29

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" CP deverá ir brevemente comprar mais quatro carruagens ARCO que estão estacionadas na estação de Málaga."


Carruagens rejeitadas por Espanha já estão prontas para resolver problemas na CP
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Nadie tiene informacion sobre estos 4 coches?
Pedro Rodrigues

Nota 05 Ago 2021 10:25

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Son 5 coches que se encuentran apartados en el TCR de Málaga:

1x 1ª: 12-98 004

1x 2ªBar: 85-98 801

3x 2ª: 20-98 201; 204; 209

El de 1ª ya estaba allí apartado, y los otros 4 fueron los que llevaron en enero de 2020 con la intención de pasarles R; pero les detectaron amianto durante la revisión, que supuso el fin del servicio de los coches y posterior venta. No se en que estado se encuentran, pero es de suponer que estén desmontados y con la revisión a medias.

Aparte de estos 4 no se si en Málaga habrá algún coche de otras series; en Fuencarral había otros 5, Alsa se quedó al menos con 2 que subieron a Asturias para pasarles revisión (uno de ellos el literas portugués accidentado). Lo que quede apartado por Irún o Mora serán esqueletos con poco aprovechamiento más allá de la chatarra.

Nota 05 Ago 2021 17:10

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Alvaro440 escribió:
Son 5 coches que se encuentran apartados en el TCR de Málaga:

1x 1ª: 12-98 004

1x 2ªBar: 85-98 801

3x 2ª: 20-98 201; 204; 209


Muchas gracias Alvaro.
Pedro Rodrigues

Nota 17 Ago 2021 20:57

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Nota 25 Ago 2021 19:23

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La locomotora 5604, a cargo de un servicio "Intercidades" entre Lisboa y Faro, entrando en la estación de Funcheira un día de junio del presente año:


Saludos.

Nota 26 Ago 2021 16:24

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Hola a tod@s del foro, espero que esteis y habeis pasado un verano estupendo o este todavia en proyecto. Mi aportación a esta pagina de de Comboios de Portugal es que este verano me he ido a visitar el pais vecino concretamente a Aveiro y me ha encantado el lugar y las instalaciones ferroviarias del lugar en concreto la estacion recien reformada y que para mi es una de las mas bonitas. No se si sera la pagina correspondiente pero os pongo un video de dicha estación. Un saludo

https://youtu.be/8JRvqqr2m6E
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Nota 26 Ago 2021 16:56

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Os pongo tambien otros videos y fotos de diverso material rodante del lugar. Espero que os guste

https://youtu.be/nyowzWGkM7o
https://youtu.be/TX0hG4T_jY4
https://youtu.be/Xi7yaAr6PZw
https://youtu.be/MEhBTT-dTz0
Adjuntos
VideoCapture_20210826-175201.jpg
VideoCapture_20210826-175140.jpg
VideoCapture_20210804-194251.jpg
VideoCapture_20210826-175123.jpg

Nota 04 Oct 2021 19:10

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Nota 04 Oct 2021 19:12

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Nota 04 Oct 2021 19:14

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Nota 12 Oct 2021 10:14

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:arrow: Locomotive CP 1436 en gare de Peso da Ragua/Portugal
:arrow: https://www.flickr.com/photos/188359250@N06/albums/72157720004877691
:arrow: https://www.flickr.com/photos/188359250@N06/
Adjuntos
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